Essas coisas de Deus, sao coisas que aprendemos com a leitura da biblia, livros e com os acontecimentos do dia a dia, coisas que aprendemos com o Espirito Santo.

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Exergando a grandeza da vida

"O Mestre dos mestres viveu intensamente a primeira lei da qualidade de vida. Ele foi autor da sua história no sentido mais pleno. Compreendeu como nenhum outro pensador da história a excelência da vida. Cada ser humano, independente dos seus erros, era para ele uma jóia única no palco da vida.

Nós desistimos de quem nos decepciona; para ele, ninguém era incorrigível. Teriam tantas chances quantas fossem necessárias.

Mesmo sendo frustrado pelas pessoas, jamais desistiu delas.

Ele cria que valia a pena investir em cada ser humano, ainda que a sociedade quisesse eliminá-Lo como lixo social. Por exemplo, as prostitutas em sua época eram trazidas até a praça pública e mortas. As vestes de cima eram rasgadas, os seios ficavam à mostra e, sob clamores de compaixão inaudíveis, eram apedrejadas.

A cena era chocante. Como sempre na história em particular nos dias atuais, a violência atraía grande audiência. Gemidos de dor, traumas, hematomas e hemorragias compunham a melodia angustiante dessa pena capital. A sociedade concorria para ver o episódio. Tentar defender uma prostituta era loucura era inscrever-se para sofrer o mesmo pesadelo. Entretanto, para nossa surpresa, Jesus tinha a coragem e o desprendimento de correr risco de morrer por elas, mesmo que não as conhecesse. O Mestre da vida conseguia encontrar ouro escondido na lama.

[...] Alguns juízes julgam os réus sem levar em consideração o sofrimento que motivou a ação. A justiça deve ser cega para ser justa, mas jamais deveria deixar de ter coração.

[...]

Liderando a si mesmo no ápice do estresse

Milhares de judeus eram lúcidos e sensíveis. Eles amavam profundamente a Jesus. Mas havia um grupo de líderes, os fariseus, que o odiavam, tinham aversão pelo seu comportamento afetivo e tolerância. Como Jesus era socialmente admirado, eles precisavam ter um forte álibi para condená-lo sem causar uma revolta social.

Depois de maquinar, prepararam uma armadilha psíquica quase insolúvel. Certa vez, uma mulher foi pega em flagrante adultério. Os fariseus arrastaram-na para um lugar aberto, para o Iocal onde o Mestre dos mestres ensinava uma grande multidão.

Interromperam abruptamente a sua aula. Colocaram a mulher toda esfolada no centro da sua classe ambiental. Sob os olhares espantados dos presentes, eles proclamaram altissonante que ela fora pega em adultério e, segundo a lei, teria de morrer. Sutilmente, olharam para Jesus e fizeram lhe uma pergunta fatal: "Qual seria o seu veredicto?".

Nunca haviam pedido para Jesus decidir qualquer questão, mas fizeram essa pergunta para incitar a multidão contra ele e para que, assim, ele fosse apedrejado junto com ela. Sabiam que ele discursava sobre a compaixão e o perdão como nenhum poeta jamais discursara. Se ele se colocasse ao lado dela, teriam como justificar a sua morte. Se condenasse a mulher, iria contra si mesmo, contra a fonte do amor sobre a qual discursava. A multidão ficou paralisada.

[..]O Mestre dos mestres da qualidade de vida estava sob o fio da navalha. O drama da morte o rondava e, o que era pior, poderia destruir todo seu projeto de vida.

Os seus opositores estavam completamente dominados pela raiva. A qualquer momento, as pedras seriam atiradas, as cenas de terror se iniciariam. Foi nesse clima irracional que Jesus foi cobrado para dar uma resposta. Todos estavam impacientes, agitados, esperando suas palavras. Mas a resposta não veio... Ele usou a ferramenta do silêncio. Ele nos deu uma grande lição: revelou que num clima em que ninguém pensa, a melhor resposta é não dar respostas. É procurar a sabedoria do silêncio.

Você usa a ferramenta do silêncio quando é pressionado? Nos primeiros trinta segundos em que estamos estressados cometemos nossos maiores erros.

[..]Jesus voltou-se para dentro de si, dominou sua tensão, preservou-se do medo, abriu as janelas da sua memória e resgatou a liderança do "eu".

[..] Pelo fato de ter resgatado a liderança do "eu", teve uma atitude inesperada naquele clima aterrorizante: começou a escrever na areia. Era de se esperar tudo, menos esse comportamento. Seus opositores ficaram perplexos.

[..] Ninguém sabe o que ele escrevia. Mas deviam ser frases de grande conteúdo. Talvez escrevesse algo que demonstrasse a intolerância humana, a facilidade que temos em julgar os outros e a incapacidade que temos de encontrar um tesouro por detrás da cortina dos erros. Talvez escrevesse que o perdão é um atributo dos fortes; a condenação, dos fracos.

Retirando seus inimigos da platéia e colocando-os no palco

Seus gestos desarmaram seus inimigos. O foco de tensão foi pouco a pouco dissipado. Eles começaram a sair da esfera instintiva, do desejo de matar, para a esfera da razão. Desse modo, como um artesão da inteligência, o Mestre dos mestres preparou o terreno da inteligência deles para um golpe fatal. Um golpe que os libertaria do cárcere intelectual.

Golpeou-os com uma lucidez impressionante. Disse-lhes: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado (erros, falhas, injustiças) seja o primeiro que lhe atire pedra!". Ele teve uma coragem inusitada ao dizer essa frase. Ela poderia ter sido apedrejada na sua frente repentinamente. Mas ele só fez isso após debelar o foco de tensão emociona! deles. Eles ficaram pasmados. Ele os autorizou a atirar pedra nela, mas mudou a base do julgamento. Teriam de pensar antes de reagir. Teriam de avaliar a história deles para depois julgá-la. Jesus fez uma engenharia intelectual que eles não perceberam, pois envolveu processos inconscientes. Ao olhar para o espelho da sua alma para depois condenar a mulher, eles exerceram uma das mais importantes funções da inteligência: colocar-se no lugar dos outros. Assim, tornaram-se autores da sua história, pelo menos momentaneamente.

Mergulharam para dentro de si, viram suas fragilidades, reconheceram sua injustiça. Desse modo, saíram da platéia, entraram no palco da sua mente e deixaram de ser vítimas do seu preconceito. Dominaram temporariamente sua agressividade, saíram de cena, não a mataram. Atitudes como essas revelam uma face desconhecida de Jesus Cristo. Ele não apenas foi o Mestre dos mestres da qualidade de vida, mas também o maior promotor de saúde mental de que se tem conhecimento. Provavelmente, foi a primeira vez na história que linchadores, sob o controle do ódio, fizeram uma ponte entre o instinto e a razão, saíram da agressividade cega para o oásis da serenidade. Esse feito foi tão surpreendente que equivale a desarmar um terrorista no momento em que ele está para explodir seu corpo e levá-lo a encontrar uma fonte de sensibilidade dentro de si mesmo. [..]Da próxima vez que estiver em situação constrangedora, não se obrigue a dar resposta imediata, treine ser amigo dosilêncio. [..]

Se a humanidade vivesse 10 % das ferramentas e princípios sobre os quais o Mestre dos mestres discursou eloqüentemente, as guerras, a competição predatória, a violência, as discriminações, os conflitos psíquicos, as crises sociais estariam nas páginas dos dicionários e não nas páginas da nossa vida.

A qualidade de vida, a saúde emocional e o desenvolvimento da inteligência dariam um salto sem precedente, Os povos o têm admirado ao longodos séculos, mas não têm respirado as suas palavras e recitado as suas poesias..... (Não tenha medo de trocar de experiências, e contar suas dificuldades) [...]"


Trecho do Livro: " 12 semanas para mudar uma vida"
Autor: Augusto Cury


3 comentários:

  1. Tentei reduzir a mensagem sem que o significado mudasse,vale a pena ler esta mensagem e o livro!!

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  2. Surpreendente!
    Dai q a gente entende que tudo que e' escrito, e que as mais incriveis historias nao se comparam as da biblia!
    E toda a forma humana de pensar deve ser baseada nesse grande AMOR, que nos foi ensinado a mais de 2000 anos!

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  3. O livro eu não li, mas você reduziu e deixou sem dúvida, e muito bem deixada, a mensagem que acho que queria. =D

    Muito boa postagem.

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